Um grupo de ex-soldados brasileiros diz que um tenente coronel fazia assédio sexual e forçava os recrutas a se engajarem em atos sexuais com ele a fim de continuarem suas carreiras militares, de acordo com o R7.
Contudo, apesar de provas fotográficas e de vídeo e de queixas formais de seis soldados e de numerosas testemunhas entrevistadas pelo R7, o exército brasileiro nega a existência de qualquer prova que comprometa o coronel.
Depois das queixas iniciais em 2009, Alberto Almeida foi promovido da patente de major para tenente coronel e encarregado de um hospital local, onde ele também se engajava em assédio e conduta sexual imprópria, de acordo com as testemunhas.
Os soldados que trabalhavam sob as ordens de Almeida dizem que o coronel tentava beijá-los na boca e tocar os órgãos sexuais deles e frequentemente os convidava para ir a casa dele. Ele está também sendo acusado de realizar festinhas para jovens recrutas numa praia isolada conhecida como ponto de encontro de namorados, e induzi-los a ter relações sexuais em troca de benefícios de carreira.
O vídeo fornecido para o R7 mostra uma das festas de praia, onde Almeida é exibido numa roupa de banho abrindo a entrada de uma tenda onde soldados estão dormindo juntos, e fazendo insinuações sexuais. De acordo com a reportagem, quinze recrutas participaram das atividades homossexuais. Outras fotos mostram Almeida vestido de mulher e abraçando recrutas jovens, um dos quais está vestido de forma fantasiosa e indecente.
Além dos dois soldados que dizem que sofreram assédio sexual quando estavam sob as ordens de Almeida, o R7 entrevistou outras testemunhas que trabalhavam no hospital, inclusive uma soldada que foi mandada embora do exército por insubordinação depois que ela mesma fez queixa de Almeida.
“Todo mundo sabe” sobre a conduta de Almeida, a ex-sargenta Rubenice Dias Martins disse para o R7, “mas ninguém tem coragem de falar a verdade, com medo de ser perseguido, com medo de ser mandado embora”.
Ela está agora buscando assistência legal contra o exército, e quer ser reintegrada à sua posição de antes.
“Não tenho vergonha de nada”, disse Dias Martins, “porque quem tem de ter vergonha são eles”.
Assista a reportagem da Rede Record:
Caso não consiga ver o vídeo , clique aqui : http://noticias.r7.com/videos/ex-soldados-denunciam-que-eram-obrigados-a-fazer-sexo-para-continuar-a-carreira-militar-/idmedia/c31ebbf682550bb4b5eb1a28d8a46729-1.html
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