Maurício é o típico “gente boa”. Camarada boa pinta. Sangue bom. Super educado. Sempre com um sorriso no rosto, cativa todo mundo. Celular do momento na mão; é cheio dos contatos. Não gosta de brigas e está sempre do lado da paz. Vai à igreja com certa regularidade. É amigo da galera. Até faz parte da comunidade “galera da paz”. Sempre bem vestidinho. Cabelinho penteadinho. Puxa, Mauricinho é gente boa mesmo, né?! – Diz o pessoal. Alguém nunca teve a ousadia de falar com Maurício sobre pecado, salvação, vida eterna, falar-lhe da necessidade de conversão de sua alma.
Olhando para ele era, praticamente um crente: conhecia alguns cânticos, curtia ouvir os cânticos da hora no seu MP10; para quê chegar junto d’ele e falar dessas coisas? Naturalmente ele já sabe...Ele não vai a igreja todo domingo...?
Mas voltando ao Maurício, por ele ter vários contatos sempre era chamado para as baladas também. E ele ia. Os caras que andavam com ele pareciam ser gente boa também. À exceção do Robertinho da rua de baixo que gostava de dar um “beck” de vez em quando e de tomar uma cervejinha, mas não deixava de ser gente boa também, porque quando alguém o convidava para ir à igreja, ele sempre respondia na maior educação: - Aí, beleza. Valeu pelo convite. Qualquer dia desses apareço por lá. Já é!
Com o tempo Maurício foi aparecendo com menos freqüência aos cultos. Disseram que ele estava saindo com a Patrícia. Ela aparentava ser gente boa também. Simpática. Só não curtia muito esse lance de igreja. Porque ela andou freqüentando uma igreja aonde o líder dos jovens veio falar-lhe do estado de sua alma, da necessidade de entregar-se totalmente a Cristo e ela achou que esse papo não tinha nada a ver. Não estava muito a fim de assumir compromisso.
Sabe, naturalmente você já esbarrou com algum Mauricio em seu bairro, ou quem sabe ele esteja freqüentando a mesma igreja que você.
Sabe aquele cara gente boa? Amigão? Mas que nunca assume compromisso? Pois é, tem muito cara ou mocinha gente boa que são sérios candidatos ao inferno, e estão bem do nosso lado.
Nós nunca temos coragem de confrontar-lhe com o pecado. De falar-lhe da realidade da eternidade de sua alma sem Cristo. A gente acaba sendo tão gente boa com eles que o nosso papo não passa de um “Aí, vai lá na igreja domingo” ou “Valeu você ter vindo na igreja hoje, hein!”. Para quê incomodá-los com esses papos das antigas de salvação, conversão, e blá blá blá blá blá?!
Gente, não basta um convite para ir à igreja, apresente Jesus a esse gente boa. Fale para ele do plano de salvação de Deus. Conduza-o a assumir um compromisso com Cristo. Não é suficiente um aperto de mão ou um tapinha nas costas. Fale para ele do amor de Deus.
Se ser gente boa somente garantisse às pessoas o passaporte para o céu, puxa vida...que sacrifício em vão teria feito Jesus na Cruz do Calvário!
É hora de despertarmos do sono (ou da ingenuidade), porque se não apresentamos a Verdade a esses que estão “tão perto do reino e sem salvação”, creio que estamos nos tornando gente boa demais.
Walace Andrade é estudante de teologia,
membro da Igreja Batista em Europa, na Serra,
e atua na liderança da JUBASE.
0 comentários:
Postar um comentário